Se o famoso bordão “Elvis Não Morreu” fosse levado ao pé da letra, o Rei do Rock completaria hoje - dia 8 de janeiro de 2010 - 75 anos de idade. Em todo caso, quem repete a frase não está mentindo. Afinal, mesmo 32 anos após a sua morte, Elvis Presley se mantém vivo através de seu legado.
Para os admiradores do cantor norteamericano a data é sempre uma ótima oportunidade para relembrar e reverenciar os maiores sucessos daquele que continua sendo o pai do Rock and Roll. E para celebrar esse dia tão importante, os fãs contam com comemorações pra lá de especiais ao redor do mundo.
Elvis em Jailhouse Rock
Entre os eventos oficiais, divulgados pela Elvis Presley Enterprises, está a exposição sobre o impacto do cantor na cultura Pop, no museu Newseum, em Washington; o espetáculo “Viva Elvis”, do grupo circense Cirque de Soleil, em Las Vegas; e uma exposição com trajes do cantor em sua antiga residência, Graceland, em Memphis.
Os lançamentos oficiais também incluem produtos, como os aplicativos para a rede social Facebook, a boneca Barbie na versão “Jailhouse Rock”, um cruzeiromarítimo (será que os tripulantes serão covers com sungas e costeletas?) e uma coletânea comemorativa com os maiores sucessos do rei. O box, intitulado Elvis 75: Good Rocking Tonight será lançado em duas versões: a comum terá uma caixa simples com 4 cds e 100 músicas. Enquanto, a luxo terá um livro com fotos inéditas e raras do artista.
No Brasil, as comemorações também são bem fervorosas. Entre muitos eventos, o restaurante Beale Street Memphis, localizado no Itaim Bibi, em São Paulo - todo inspirado na década de 1950 - também preparou um mês com novidades pra lá de especiais. A festa inclui apresentações de covers de Elvis e hambúrgueres no verdadeiro estilo americano da década.
Beale Street Memphis inspirado na década de 1950 e no Rei do Rock
Tamanha movimentação não é à toa. Elvis Presley, que morreu em 1977, é considerado um dos artistas mortos mais lucrativos do mundo. De acordo com dados da revista Forbes, somente em 2009 o cantor arrecadou cerca de US$ 55 milhões e ocupa o quarto lugar na lista dos artistas que mais geram dinheiro.
Edson Galhardi prefere o Elvis mais romântico
Mas, qual seria o segredo para tanta fama? Edson Galhardi, cover do cantor há 25 anos explica, “Elvis éliberdade, alegria, euforia, ansiedade e muitas outras coisas boas. A música dele acalma o espírito, eleva a alma. Acredito que ele tenha sido enviado por Deus para nos dar esperança, consolo, paz e felicidade”. Galhardi, que conheceu Elvis Presley aos 12 anos de idade, é um dos milhares de imitadores do cantor pelo mundo. Ele dança, se veste e até canta igual ao rei desde 1985.
Assim como Galhardi, Marcos Elvis (ele não nos disse seu real sobrenome) também imita o rei direitinho. Eleito o melhor Elvis da América Latina pela BBC de Londres, Marcos explica sobre a importância dos imitadores: “Nosso trabalho é muito importante, pois ajudamos a manter a memória do artista e ao mesmo tempo levamos alegria às pessoas e um pouquinho do que, talvez, fosse a sensação de prestigiar o próprio rei. “Tento seguir ao máximo suas características”, enfatiza Marcos, que há 16 anos trabalha como cover.
Marcos Elvis encarna o Rei ainda jovem
Para o baixista Danyael Lopes, da banda paulistana Nashville Killer’s - também fã incondicional de Elvis - o sucesso do cantor está relacionado ao seu talento indiscutível. “Elvis vende porque no fundo todo mundo queria ser ele. Mas, Elvis foi único e até hoje ninguém conseguiu fazer o que ele fez. Nenhum de seus imitadores tem o talento nato do ídolo. Só a imagem não basta.”, acredita Lopes.
Também conhecido como Elvis “The Pelvis”, Elvis Aaron Presley nasceu em EastTupelo, Mississippi, em 8 de janeiro de 1935, e poucos anos depois, na década de 1950, ganhou o mundo com seu estilo extravagante e ousado de dançar, aliado a seu timbre de voz e sua beleza singular. Além de tornar-se um dos maiores ícones da cultura pop do século 20, o cantor marcou gerações e foi um dos maiores responsáveis por mudar a cara da cultura ocidental. Ele fez com que a música negra, repudiada pela classe conservadora norteamericana, fosse aceita e cantada por fãs brancas histéricas.
Depois do sucesso “That’s All Right Mama”, o rei foi coroado nas paradas de sucesso com canções como "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now Or Never", "Can´t Help Falling In Love", "Kiss Me Quick", "Bridge Over Troubled Water... Marcos Elvis diz que entre todas, a sua preferida é “Polk Salad Annie”. Já Edson Galhardi elegeu “See See Rider” e Danyael Lopes, “You’re a heartbreaker”.
Após sua morte, em 1977, gravações antigas como "Way Down", "Always On My Mind", "Guitar Man" e "A Little Less Conversation" se tornaram verdadeiros sucessos. E pasme, mesmo com mais de 3 décadas de sua morte, Elvis Presley ainda é o artista solo detentor do maior número de "hits" nas paradas mundiais e também é um dos maiores recordistas mundiais em vendas de discos em todos os tempos com mais de 1 bilhão de discos vendidos em todo o mundo.
Fonte: Mirella Fonzar,
redação ONNE
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